Óleos essenciais são produtos resultantes da destilação por arraste a vapor ou prensagem de ervas aromáticas*. Neste processo, condensam-se e transformam-se os compostos voláteis produzidos pelo metabolismo secundário da planta. Em paralelo ao primário, que cuida da manutenção e nutrição, o metabolismo secundário é responsável pela sobrevivência da espécie na interação com o meio, no processamento químico de ações tais como a reprodução, comunicação, defesa e cura.
Esse perfil químico-farmacológico/aromático/energético é definido pelo comportamento da planta e também pela parte dela de onde ele foi destilado: raízes, madeiras, resinas, folhas, frutos ou flores. A AROMATERAPIA se vale dessas três análises em suas práticas, com orientação de uso como aplicação tópica localizada ou massagem, olfação e inalação, com o suporte de inaladores, difusores de ambiente ou DIFUSORES PESSOAIS, sempre com atenção às posologias e diluições necessárias.
Todo óleo essencial que você compra deve ter as seguintes informações no rótulo, o nome botânico da espécie e a parte da planta de onde foi destilado OE, p.ex o óleo essencial de COPAÍBA: Copaífera Officinalis destilada da resina. Já pensaram nisso e reparam de onde vêm seus óleos essenciais preferidos?
Vale a pena avançar nesse romance e entender um pouco mais esses encantos aromáticos.
*Na França, produtos extraídos da prensagem, por exemplo, das cascas dos frutos cítricos são chamados de essências, diferentemente do Brasil, onde geralmente chamamos de essência os compostos sintéticos que simulam algum aroma.
O que é Aromaterapia?
O uso de substâncias extraídas de plantas aromáticas remonta à história da medicina, mas apesar do nome parecer espontâneo, o nome Aromaterapia foi criado por Maurice Gatefossé (França) no início do século XX, com a intenção de verificar as aplicabilidades médicas das matérias primas de seus perfumes a partir de sugestões e usos na cultura tradicional de seus fornecedores. Gatefossé iniciou e ampliou o espectro da pesquisa científica e decodificação química destas propriedades. Essa prática encontrou ecos por todo o Ocidente, com o avanço nas pesquisas médicas e acadêmicas com diferentes abordagens, indo ao encontro do reconhecimento das medicinas mais antigas, como a Medicina Tradicional Chinesa a Ayurveda e a de povos originários. No Brasil, a aromaterapia faz parte das chamadas PICs: Práticas Integrativas e Complementares de saúde com reconhecimento e encaminhamento através do SUS (Sistema Único de Saúde)
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Nos últimos anos, esses compostos voláteis conhecidos como ÓLEOS ESSENCIAIS, deliciosamente aromáticos e de APELO EMOCIONAL através do olfato, ganharam espaço e têm sido considerados grandes parceiros nas rotinas de auto-cuidado, saúde e bem-estar.
Em linhas gerais, o termo Aromaterapia tem sido aplicado ao uso intencional de constituintes voláteis de plantas aromáticas a partir dos métodos de destilação, prensagem ou extração, para a promoção de saúde e bem-estar. Suas aplicações mais comuns e seguras são o uso tópico através de aplicações locais ou massagens (diluídos em óleo vegetal) e inalação e olfação, através da difusão em ambientes, inaladores ou DIFUSORES PESSOAIS.
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Mas e a terapia, quem conduz?
Nós por aqui sempre reforçamos que autoconhecimento, cuidado e bem-estar podem ser experimentados com autonomia, observação de si e pesquisa e isso é bem maravilhoso. Mas para tratamentos contínuos, assim como cuidados sobre condições crônicas, o que chamaríamos mesmo de Terapia, devem ser acompanhados e orientados por aromaterapeutas profissionais. Na escolha de quem vai te acompanhar em processos terapêuticos, avalie sempre sua formação, atuação e conduta. A prática terapêutica, assim como o universo infinito da Aromaterapia, vai além das consultas de manuais e é constituída por estudos aprofundados aliados à experiência clínica e paradigmas médicos.