Apesar disso, a etimologia de seu nome kah (vegetação) tinga (branca) vem da característica de suas árvores perderem todas as folhas na época do inverno, adaptação morfológica ocasionada pelo grande período de escassez de chuvas.
A Caatinga ocupa quase 800.000km² do território brasileiro e vai do sudeste ao norte do país, ligando-se a três outros biomas: Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Cerrado. Por esse motivo, é atribuída a ela a condição de transitória, argumento utilizado para dificultar o acesso de recursos e proteção para sua preservação.
Dentro desse bioma riquíssimo, a Caatinga possui diferentes regiões que se diferem pela composição do solo, altitude, índice pluviométrico, entre outras coisas.
Uma dessas regiões é o Sertão, caracterizado pelo solo pedregoso, arenoso ou argiloso, em geral rico em minerais e em matéria orgânica, e alta acidez. Vivem ali diversas espécies endêmicas (espontâneas da região), desde árvores gigantes e pequenas, cactos, arbustos, todas adaptadas ao calor e com a grande capacidade de reter água. Uma delas é nossa amada Jurema-branca, que nasce entre as rochas e perde suas folhas no inverno, nutrindo a terra e abrindo espaço para sua delicada floração. Também lança suas raízes profundamente no solo, iniciando a regeneração do solo para a floresta, cada vez mais rara por ali.
O aroma do óleo essencial da Jurema traz essa potência: é delicado e misterioso, úmido e levemente mentolado. Mas não se engane, o chamado desse aroma para meditação antecede a pulsão para a ação e movimento.
Disponível na Casa ILHA, produção desse OE vem da região da Chapada Diamantina, onde está o Sítio Mangabeira de Dani e Paulo. Numa região degradada, de solo arenoso e pedregoso, eles recuperam a fertilidade e reflorestam o solo e a biodiversidade em um cultivo agroflorestal, produzindo ervas medicinais para seus chás e para a destilação de OEs e hidrolatos.
