Pular para o conteúdo principal

Postagens

Caatinga

Região estigmatizada como inóspita, muitas vezes surge em nosso imaginário como uma capa do livro vidas secas do Graciliano Ramos. A devastação e exploração desse bioma remonta a história do Brasil: foi o primeiro solo a ser devastado pelo extrativismo agressivo no começo da colonização do país.  Apesar disso, a etimologia de seu nome kah (vegetação) tinga (branca) vem da característica de suas árvores perderem todas as folhas na época do inverno, adaptação morfológica ocasionada pelo grande período de escassez de chuvas. A Caatinga ocupa quase 800.000km² do território brasileiro e vai do sudeste ao norte do país, ligando-se a três outros biomas: Floresta Amazônica, Mata Atlântica e Cerrado. Por esse motivo, é atribuída a ela a condição de transitória, argumento utilizado para dificultar o acesso de recursos e proteção para sua preservação.  Dentro desse bioma riquíssimo, a Caatinga possui diferentes regiões que se diferem pela composição do solo, altitude, índice pluviométric...
Postagens recentes

TESTE OLFATIVO ÀS CEGAS

Ao entrar em contato com um aroma sem saber do que se trata, o estímulo sensorial será percebido, antes de mais nada, por uma zona no cérebro onde não há codificações, apenas sensações e memórias. Só depois a área racional irá processá-las e/ou nomeá-las. Já quando sentimos um aroma e sabemos o que ele é, as áreas racionais do cérebro se acionam automaticamente para nos ajudar a percebê-lo. Sabemos de antemão a sensação que “devemos” ter. A razão se intromete e perdemos a liberdade de simplesmente sentir aquilo que o aroma evoca. Na vida, essa liberdade é bem rara. Mas tem um jeito fácil de experimentá-la & aproveitá-la. No teste aromático cego, você inala ÓLEOS ESSENCIAIS de olhos fechados, sem saber quais são. Assim, apenas reage aos aromas, sem tentar reproduzir as sensações ou propriedades relacionadas a cada OE. Dessa maneira o corpo e as emoções nos guiam na melhor escolha dos óleos essenciais para aquele momento.  E mais: se repetir a experiência de tempos em tempos, ve...

O que é Aromaterapia

O uso de substâncias extraídas de plantas aromáticas remonta à história da medicina, mas apesar do nome parecer espontâneo, o nome Aromaterapia  foi criado por Maurice Gatefossé (França) no início do século XX, com a intenção de verificar as aplicabilidades médicas das matérias primas de seus perfumes a partir de sugestões e usos na cultura tradicional de seus fornecedores. Gatefossé iniciou e ampliou o espectro da pesquisa científica e decodificação química destas propriedades. Essa prática encontrou ecos por todo o Ocidente, com o avanço nas pesquisas médicas e acadêmicas com diferentes abordagens, indo ao encontro do reconhecimento das medicinas mais antigas, como a Medicina Tradicional Chinesa a Ayurveda e a de povos originários. No Brasil, a aromaterapia faz parte das chamadas PICs: Práticas Integrativas e Complementares de saúde com reconhecimento e encaminhamento através do SUS (Sistema Único de Saúde) * Nos últimos anos, esses compostos voláteis conhecidos como ÓLEOS ESSENC...

AMULETOS PESSOAIS - OBJETOS TRANSICIONAIS

  O pedagogo Winnicott nomeou Objetos Transicionais os objetos eleitos pelos bebês e crianças em momento causadores de angústia, como mudanças e separações, como o desmame (separação de si do corpo da mãe), separação dos pais, mudança de casa, escola etc. O objeto transicional seria, para ele, a intermediação do mundo externo e interno, apaziguando as tensões entre um e outro, em uma zona mágica intermediária, que traria segurança e conforto. Se você não se lembra de ter tido um, provavelmente se lembra do cobertorzinho do Lino, amigo do Snoopy. Infelizmente, o processo de conflito na interação do mundo exterior com o interior não se resolve na fase adulta. Algumas interpretações sugerem a transferência desta zona de conforto para a produção criativa, práticas religiosas, vícios como o cigarro, música, meditação ou a eleição de amuletos pessoais. Assim como os objetos transicionais de Winnicott, eles podem nos auxiliar criando um campo subjetivo para o processamento de momentos tra...

CHEIRO DE ÓLEO ESSENCIAL

  CHEIRO DE ÓLEO ESSENCIAL M eu óleo essencial tem cheiro? Popularmente podemos dizer que sim, mas tecnicamente não: na verdade o cheiro pertence à nossa decodificação das moléculas odorantes que, aí sim, pertencem aos ÓLEOS ESSENCIAIS . Como assim? Entendemos como cheiro o produto da tradução do sistema nervoso dessas moléculas que chegam através do nosso nariz. O termo utilizado é transdução: a transformação de um estímulo químico externo em impulso elétrico, fazendo a leitura das notas olfativas no bulbo olfativo e  processamento do nosso sistema nervoso central. “Mas como então eu sinto um cheiro e minha amiga também reconhece com o mesmo nome?” Porque o cheiro é linguagem praticada e aprendida pelo indivíduo, em contexto sócio-cultural, a partir de seus referenciais auto-biográficos. E muito provavelmente sua amiga tem um referencial parecido. Bonito, né? Estudar Aromaterapia também é estudar sistema olfativo e neurociência, tanto no processamento da informação como na co...

CAMPOS SUTIS NOS ÓLEOS ESSENCIAIS

Para entender os campos sutis, falamos primeiro nos três corpos que habitam cada um de nós, seres humanos, de acordo com a compreensão do Vitalismo antroposófico (doutrina que mais se aproxima, em termos de linguagem, de nós ocidentais). Corpo Físico: manifestações materiais, físico-químicas e elétricas. Corpo Astral: Alma que emerge dentro do corpo físico, a manifestação das forças superiores integradas unicamente a este determinado corpo, onde vemos manifesta a identidade e a consciência individuais. Na neurociência entendemos que essa potência é representada pelo sistema nervoso, a propriocepção e se estendem para além da compreensão física.  Corpo Etéreo: É a pulsão de vida*, a movimentação imaterial plasmadora com o todo. É motriz no desenvolvimento, na reprodução e facilita as forças dinâmicas. E está ligada à Espiritualidade.  As manifestações dos campos sutis perpassam esses corpos, do nosso cerne físico ao nosso etérico e pertencem a cada ser humano em seu contexto fí...

QUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS E SEUS EFEITOS FARMACOLÓGICOS

Na análise da química dos óleos essenciais, tanto pela cromatografia quanto literatura disponível, podemos dimensionar a complexidade dos óleos essenciais: há exemplos em que é possível observar em apenas um OE centenas de ativos químicos com potencial de ação farmacológica. É um assunto bem rico, nas plataformas acadêmicas há inúmeros artigos científicos sobre o tema e é demais entender pelo viés ou validação da ciência ocidental as propriedades já utilizadas nas medicinas orientais e usos populares tradicionais. Mas tomemos cuidado com as verdades a serem tomadas. Muitas vezes as análises são feitas em ativos isolados, deixando de lado a composição total de um ÓLEO ESSENCIAL , o que não seria o uso total e integral dele, noutras os testes da ação de determinada molécula sobre a fisiologia humana são realizados in vitro, sem especificação do modo de uso, tópico, OLFAÇÃO , inalação e em último caso a polêmica ingestão (passadas pelo trato digestivos as moléculas são quebradas e chegam ...